quarta-feira, 19 de maio de 2010

Cá-a a Boca 36 - A Gran Cruzada da Juju


Depois dos acontecimentos de “Tudo pelo o que é da Juju”

Bruno é vidente charlatão, Filipa é jornalista, Duarte é maestro, Serafim é caçador de relíquias, Mariana é perneta e Ivan é pintor estrábico.

Atlântida, 9600 a.C. dia 37 de Tresta, calendário Atlante
“E num único dia, e numa única noite, a ilha da Atlântida foi dar mergulho para debaixo do mar, de onde nunca iria voltar...” – Filósofo Serafim, 1974, in “A Minha Perfeição”.
Atlântida, a cidade mais avançada do mundo.
Telemóveis, computadores, televisões 3D, sistema de água canalizada. Isso tudo e muito mais, em Atlântida, a cidade Maravilha.
Milhares de pessoas são barradas todos os dias nos portões da cidade. São pessoas, que vieram de longe, à procura do Sonho Atlante.
Filósofos tolos e antigos, dizem, que a Atlântida foi fundada por seres vindos do céu, os extraterrestres. Mas é mentira. É certo que vieram à terra, mas não para fundar uma cidade, onde não fossem morar, vieram em busca de poder, mais concretamente, em busca de algo precioso, algo raro, que só existe na Terra, vieram atrás do Cristal Atlante, de forças naturais mais poderosas que qualquer outra coisa no Universo. Quando cá chegaram, encontraram a gente, os Humanos, e a Atlântida, já existente, já avançada. Por isso, como plano de última hora, inventaram uma desculpa esfarrapada, mostrando bandeira branca, um cachimbo da paz, e gritando peace and love, para depois, quando nós, os Humanos, estivessemos distraídos, apunhalavam-nos nas costas e fugiam com o Cristal.
Os Atlantes não faziam a mínima ideia de que havia esse Cristal, mesmo debaixo dos seus pés, mas também não precisavam, pois já governavam metade do mundo. Mas, a meio do chá das 5, os “seres do céu”, descairam-se, e contar o seu plano, e foram expulsos ao pontapé pelo o Rei Gregório e os amigos.
O Rei Gregório, que era aconselhado pela Cobra Venenosa X, que era ajudada pela Joana Mateus, decidiu investigar os poderes do Cristal, e para isso chamou Duarte e Bruno, umas pessoas brilhantes, que em dez minutos, decifraram o Cristal, e disseram “Se usarem o Cristal e fizerem má pontaria, vão com o quality*!”, mas ninguém ouviu, e foi isso que aconteceu.
Mas antes, esconderam o Cristal e trancaram-no a sete chaves, no Salão do Cristal, que ficava na Gruta do Cristal, que ficava na Ilha escondida do Cristal.
E fingiram que nunca ouviram falar de tal coisa. Mas, existia uma pessoa muito gananciosa, que se chamava Joana Mateus, que se iria tornar Juju Sahêmé. Ela queria dinheiro, mas não conseguia roubar o tesouro da Atlântida, que era bastante grande. Por isso, matou o Rei Gregório, envenenando o seu prato favorito, bitoque de porco,no dia 34 de Tresta, e como o rei era todo santinho, não teve filhos, logo o poder passou para a sua conselheira, a Cobra Venenosa X. Mas quem é esta moça? Não interessa por agora. Mas a Joana teve que fazer puff com a Cobra, e foi o que fez, e no dia 36 de Tresta, a Cobra desapareceu. Foi uma pena, não, na realidade não foi, mas é bonito dizer que sim. E como essa era estranha, nunca casou, logo não teve filhos, logo, foi a Joana coroada, rainha da Atlântida. Resultado: no dia seguinte, a cidade foi consumida por um tsunami. Mas porquê? Nem estava nos plano da Joana Mateus governar, era só lá chegar, enfardar, e ir-se embora, com tanto dinheiro que até podia limpar o cu com ele. O povo odiava-a, mas ela não queria saber, ela é que mandava, e quem se portasse mal era: “CORTEM-LHE A CABEÇA!”.
Estava ela de volta do tesouro quando se lembrou do Cristal, e pensou “já que estou no poder, conquisto o mundo”, e ligou ao Bruno, para vir jantar com ela.
O Tolo foi, e ficou sem mão. Porquê? Porque só a mão do Bruno, abria as portas da Gruta e do Salão do Cristal, e só a sua mão ponha o Cristal a trabalhar.
Foi num veículo que voava, até à ilha, onde estava Duarte a proteger o Cristal, mas caiu nas falinhas mansas da Joana, e levou um soco, ficando KO.
Chegou ao Salão, e ligou o Cristal, e voilá, um poder imenso veio parar às suas mãos, “O mundo é meu”. E foi, durante 50 minutos. Mas enquanto se divertia a disparar com o Cristal nas pessoas, falhou, e acertou no mar, que rabugento, atacou a Atlântida.
Ela ainda foi a tempo de avisar as pessoas, que a onda vinha ai, mas pensaram que era uma brincadeira, pois dia 37 era o dia das mentiras, por isso riram-se e ignoraram-na. Menos o Bruno,a Filipa e outros do povo, a Mariana, a Rita e o Ivan, que deram de frosques.
A Joana, prevendo o fim da Atlântida, fugiu com o tesouro todo, e foi se embora, toda apressada e sorridente, deixando para trás, um grande Império, e o Duarte, que acordou tarde e a más horas, sendo desvastado, pela onda gigante de 600 metros, ficando debaixo de água, com a Atlântida.

Saloon de Chesterfiel City, dia 8 de Julho, 1951, 20:30
O Saloon já está todo arrumadito e limpinho. A Filipa, está no bar a servir bebidas às pessoas que, para perder peso, não jantaram e foram logo embebedar-se. Duarte toca alegremente piano, para os gatos pingados que estão naquela espelunca. Mariana tenta derrotar a batoteira que é a Disfarçada e o Bruno, observa babado as dançarinas:
- Bom...vamos fazer uma pausa! – diz Duarte às dançarinas, parando de tocar piano.
- Por quanto tempo? – perguntam.
- O que me apetecer...
- Duarte... – diz Bruno.
- Sim?
- Posso falar contigo?
- Dispara...
- Tens a certeza?
- Claro...
- Está bem...mas onde?
- É melhor lá fora – diz Duarte – e está apetecer-me um cigarro.
- Tens razão... – diz Bruno.
Chegam lá fora, Bruno saca da pistola e dispara para a perna do Duarte, mas ele tem uns reflexos tão bons, que se desviou, e a bala acertou na Mariana, que tinha ido lá fora apanhar ar, para depois vender.
- O QUE FOI ISSO? – grita o Duarte.
- Tu é que disses-te que eu podia disparar...
- Estava a dizer que podias falar...
- Ah...pois, tem lógica, eu também achei estranho mas enfim..
- Estás bem Mariana? Precisas de algo? – pergunta Duarte muito prestável.
- Não, está tudo bem... – diz Mariana aldrabona, que ficou perneta.
- Então o que queres? – pergunta Duarte a Bruno.
- Estou meio confuso pá...existem coisas que não estou a perceber...
- É normal...eu no ínicio também estava confuso...mas isso passa...
- Diz-me uma coisa...se a Filipa é a Disfarçada...como conseguem estar as duas ao mesmo tempo numa sala...como agora?
- Nessas alturas existe outra pessoa a envergar a fardamenta da Disfarçada, para deixar todos confusos...
- Quem?
- A Rita!
- O quê?
- Á pois...
- Então mas ela não morreu?
- Pensava eu...mas afinal fingiu que morreu, a mando da Disfarçada, eu dei-lhe um tiro é certo, e acertei em cheio no olho direito, e se reparares – diz Duarte apontando para dentro do Saloon, para a “Disfarçada” – ela tem uma pala no olho...
- Porque é a Rita...
- E quando não têm...
- É a Filipa...
- Estás esclarecido?
- Sim...não tinha reparado...
- Ninguém repara...
- Espera ai!
- O que é?
- Tu estavas morto...agora é que me lembrei...
- Não pah, eu nunca morri...a bala que furou a minha orelha, era uma bala de adormecer...eu também pensei que faleci...mas era mentira...fazia tudo parte do plano da Disfarçada...
- Ah...é que fizemos-te funeral...
- Fizeram bem...parte de mim preferia estar morto...
- Ai sim?
- Não... – Duarte ri-se.
A Mariana volta para ao Saloon. Depois volta lá para fora:
- Está na altura...
- Aleluia – diz Duarte, pondo o cigarro dentro do bolso.
Preparam-se para a longa viagem. Cada um vai para o seu sítio buscar as suas coisas e os seus cavalos, encontrando-se depois, um pouco mais tarde, nas bordas da cidade, para a Disfarçada fazer um discurso, aos três amigos, Mariana, Duarte e Bruno:
- Meus irmãos... – diz Disfarçada com fé, apesar de ser logo interrompida...
- Irmãos o caraças! – diz Duarte.
- Meus amigos?
- Não – diz Duarte mostrando desprezo
- Meus companheiros?
- Não...
- Meus colegas de trabalho?
- Não...
- Meus senhores?
- Sim...
- Vamos entrar numa nova etapa das nossas vidas, numa etapa em que somos milionários, graças ao tesouro da Juju! A Filipa, vai mais à frente, para servir de infiltrada, pois ninguém desconfia dela, e deixará migalhas no caminho, para nós perseguirmos com eficácia a Juju, estão prontos?
- Não... – diz Duarte...
- Então vamos...
Fazem-se à estrada. Filipa aparece de repente numa carroça, toda apressada, desaparecendo na escuridão, para executar o seu trabalho.

Algures no Oeste Americano, 1951, 9 de Julho
Juju está de joelhos. Tira o chapéu para limpar a cabeça, que está toda suada. Apanha um pouco de areia, e aproxima da boca...cheira...e vira-se para eles:
- Estamos no caminho certo...
- De repente pensei que fosses comer areia, até me assustei...- diz Serafim gozão.
- Nunca, é uma técnica usada por exploradores... – diz Juju muito séria.
- Eu sei...então e para onde vamos? – pergunta Serafim.
- Para Utah...
- Utah?
- Utah...
- Então e porque estamos parados? – pergunta Ivan.
- Porque não estamos a andar – diz Juju, tentado ser engraçada.
- Tu e as bocas secas – diz Ivan.
- Sim, não tens piada nenhuma – diz Serafim.
- É aborrecida – diz Ivan.
- Mais valia estar calada. – diz Serafim
Galopam um pouco. O cavalo do Serafim, por ser novo e inexperiente, cansa-se rápido, e Serafim troca de posição com ele, de repente, chegam a um sítio qualquer, pois não faziam a mínima ideia de onde estavam, e ouvem uns gritos:
- SOCORRO! TIREM-ME DAQUI! – gritos gritados pela Filipa, muito falsa, amarrada a uma pedra, com abutres à sua volta. – SOCORRO, SALVEM ESTA DONZELA INDEFESA!
- Filipa? – pergunta Serafim – Como vieste parar aqui?
- Tira-me daqui, por favor, não aguento mais... – diz Filipa, com uma grande interpretação...
- Só te tiro daí se me disseres porquê?
- Porquê o quê?
- Porque estás ai presa?
- PORQUE ME AMARRARAM, TIRA-ME DAQUI!
- Tira lá Serafim – diz Juju, farta de ouvir gritar a Filipa.
- Está bem...
Serafim solta a Filipa, que vai a correr para a carroça, que estava ali ao pé, e tira uma caçadeira, matando os abutres que estiveram a sua volta:
- Grande pontaria...- diz Ivan
- Obrigada, devias de ver quando acerto-lhes de olhos fechados – diz Filipa, muito convencida.
- Então? Como vieste aqui parar? – pergunta o Serafim.
- Decidi tornar-me jornalista, e vim para uma cidade aqui perto, com o meu próprio Jornal, mas o povo não gostou, e aqui me amarrou! Por falar nisso, tenho que escrever aos meus leitores.
Filipa vai à carroça, onde estava a sua máquina de imprimir antiga, e imprime três exemplares do seu Jornal “A Falsa”, e entrega ao grupo que encontrou...
- És rápida! – diz Serafim espantado...
- Eu sei... – diz convencida...
- Tem um erro... – diz Ivan...
- Só se for teu...
- Não, vem cá para verificares...
- Não tem erro nenhum! – diz Filipa apontando uma pistola à tola do Ivan...
- Pois não, agora é que vi...desculpa...
- Bom, e o que posso fazer para recompensar o facto de me terem salvado a vida? – pergunta a Filipa.
- Juju... – diz Serafim.
- Não... – diz Juju..
- Ó Juju...
- Oh...não
- Juju – diz Serafim com um sorriso...
- Nãoo...
- Juju...
- Está bem, podes vir connosco, ajudar-nos na nossa cruzada...
- Tipo, não era isso, eu estava a dizer para ela ser nossa escrava pessoal... – diz Serafim triste, por ver o seu desejo falhado.
- Agora já está – diz Juju.
- Estão com dificuldades? Eu sou perita!
- És? – pergunta Juju.
- Sim, faço todos os dias, no meu jornal...
- Não são essas cruzadas! Uma campanha, uma Jornada, uma viagem...
- Ah até onde?
- Até Utah, vamos em busca do meu tesouro! – diz Juju.
- Então vamos, também recebo um pouco?
- Sim...- diz Juju bufando – já que ajudas, também recebes...
- Oba! Então e...podemos levar a minha impressora e a minha carroça?
- Sim...amarrem-na aos cavalos! – diz Juju.
- A Filipa? – pergunta Ivan confuso.
- Não, a carroça dela...
- Ah...
Fazem-se à estrada, e sem saberem, a falsa da Filipa, deita migalhas no chão...para guiar a falsa Disfarçada, e o seu bando...
Umas horas depois...meio do deserto Americano
Juju está ferrada a dormir, enquanto o cavalo corre feito maluco, até que é acordada pelos gritos do Serafim, que estava em cima de outro cavalo, também a correr que nem um doido:
- Ó VACA! ACORDA! ACORDA JUJU! ACORDAAAA! – berra Serafim desesperado.
- O que é? – diz meio sonolenta.
- ESTAMOS A SER PERSEGUIDOS PELO O BANDO DA DISFARÇADA.
É verdade. Já tinha passado algum tempo desde que ela ferrou a dormir, e estava agora no meio de uma fuga que envolvia tiros, entre o Bando da Juju e o Bando da Disfarçada.
- E SÓ ME ACORDAS-TE AGORA? – grita Juju, furiosa.
- JÁ TE CHAMEI 500 VEZES! – berra Serafim.
- BAIXEM-SE! – grita Ivan.
Baixaram-se todos, porque atrás deles, ia Duarte em cima de uma carroça, enquanto o Bruno disparava balas de um canhão.
- TEMOS DE OS DESPISTAR! – grita Filipa.
- MAS COMO? – pergunta Serafim.
- JÁ SEI! – grita Juju – SIGAM-ME!
Teve uma brilhante ideia, e, para executa-la, precisava que o seu cavalo acelera-se mais, e deu-lhe com um chicote, mas o cavalo, não achando piada nenhuma á situação, embirrou e começou a galopar mais devagar, enquanto a Juju dava mais vezes com o chicote, até que o cavalo se cansou e atirou-a para o chão.
Os outros membros do seu bando, pensando que aquilo era o plano dela, pararam os seus cavalos, e atiraram-se para o chão.
Estavam agora Ivan, Filipa, Serafim e Juju no chão, apanhar sol, de olhos fechados, pois estava calor, e deviam era estar na praia, mas enfim, o deserto é parecido.
Abrem todos os olhos, menos a Filipa, e reparam que estavam rodeados por Duarte, Bruno, Mariana e a Disfarçada, que lhe apontavam pistolas e caçadeiras. Levantam-se, e a Juju diz, cerrando os dentes:
- É agora camaradas...só temos uma hipótese...preparem-se para disparar...
- Tenho medo... – diz Ivan.
- Não te preocupes, estamos safos... – diz Juju tranquila.
- Estamos é tramados – diz Serafim.
- Nada disso, estes cobardes não tem coragem de disparar, mas nós temos... – diz Juju
- Calma! – diz Disfarçada – Calma ai com a violência! Nós só queremos o teu tesouro...diz-nos onde está, que deixamo-vos em paz...
- Já podiam ter dito – diz a Juju retirando-se da posição de combate – vão pela esquerda, e depois viram à direita, depois andam sempre em frente, e voilá, estão lá.
- E é preciso chave? – pergunta a Disfarçada.
- Não...
- Ok...adeus, baixem as armas meus caros – diz a Disfarçada, dando meia-volta e abalando dali.
- Juju...disses-te mesmo onde era? – pergunta Ivan.
- Não...mandei-os para um local com areia movediça, agora vamos, vamos embora daqui, que temos pouco tempo, até eles perceberem que era uma armadilha...
Sobem todos para os cavalos e saem dali. Mais longe, ouve-se os gritos da Disfarçada:
- AHHHHHHH! SACANA!
- Eu disse para não a ouvires – disse Duarte.
- VAMOS, TALVEZ AINDA A APANHEMOS! – grita a Disfarçada, metendo-se pela a estrada, atrás daquele bando:
- Ela às vezes, é meio burra... – comenta Duarte com Mariana.
- Podes querer, até parece que faz de propósito...
- Naa, burrice desta não pode ser fingida...
- Deves ter razão – diz Mariana.
- Tenho sempre razão, não é querer me gabar – diz Duarte gabarolas.
Vão atrás do Bando da Juju, que anda às voltas pelo o deserto Americano, tentando despista-los, apesar de não conseguir, porque a Filipa lança migalhas para marcar o caminho.
Acampam numa montanha. É noite. Juju convoca uma reunião especial, apesar desse poder estar reservado a Duarte e Serafim:
- Temos um problema.
- Conta – diz Serafim.
- Temos alguém no nosso grupo infiltrado.
- Impossível...só se for aqui o Ivan... – diz Serafim gozão.
Filipa começa a tremer, temendo que seja descoberta:
- E é ele...
Filipa suspira de alívio:
- O QUÊ? – grita Ivan – COMO PODES DIZER ISSO?
- Vêem Serafim e Filipa? É mesmo ele o espião, agora está aos gritos para revelar a nossa posição.
- Malandro – diz Serafim.
- Que desilusão... – diz Filipa com uma lágrima no olho.
- Bom...Ivan, pelo o poder que eu investi em mim, vais ficar aqui amarrado, à mercê dos coiotes, enquanto nós nadamos em ouro...é o preço da tua traição.
- NÃOOOOOO! – grita Ivan, enquanto é amarrado, sem resistir.
- Nem se defende nem nada – diz Serafim.
- Que estranho... – diz Filipa.
- Os culpados sabem quando o são... – diz Juju.
- Ah...
- Ah...
- Na realidade droguei a sua comida de forma a não poder-se mexer... – diz Juju esclarecedora.
- Ah...
- Ah...
Fogem dali. O Bando da Disfarçada, que seguia as migalhas, depara-se então com Ivan, a meio da noite:
- Ivan? Tu aqui? – pergunta Bruno.
- Sim...a Juju traiu-me...aposto que vai trai-los a todos, só para ficar com o tesouro todo.
- É provavél... – diz a Disfarçada que aparece das sombras.
- QUE SUSTO! – grita o Ivan.
- Desculpa, esperei nas sombras para fazer a minha entrada mais dramática.
- Ok... – diz Ivan.
- Continuando...mas se te juntares a nós...prometo que não serás traído...o que é teu é teu, o que é meu é meu...e o tesouro será dividido.
- É verdade Bruno? – pergunta Ivan, tentado a juntar-se ao Bando da Disfarçada.
- É verdade...e há outra pessoa que te pode confirmar tal coisa...
- Eu... – diz Duarte, que aparece das sombras.
- QUE SUSTO! – grita Ivan.
- E eu... – diz Mariana, também aparecendo das sombras.
- QUE SUSTO...já paravam...há mais alguém? – pergunta Ivan.
- Não... – diz a Disfarçada... – somos só 5...
- 5? Eu só vejo 4!
- Incluindo-te a ti...Ivan – diz a Disfarçada soltando o Ivan das cordas.
Ajoelham-se todos e dizem em conjunto, menos o Ivan:
- Sê bem-vindo, Ivan Embaló, o Bando da Disfarçada sauda-te!
- Até estou comovido...no Bando da Juju, era só “parabéns”, beber um golo de água e já estava...gosto mais de vocês malta...
- E ainda não viste nada Ivan...maestro – diz a Disfarçada.
Duarte de repente aparece a conduzir uma orquestra, e a Mariana aparece a dançar, e o Bruno com uma mesa cheia de comida, seduzindo o Ivan...que fora amarrado ali pela Juju, para espia-los...mas assim, desviando-o do seu propósito, ficavam com um membro a mais, que podia contar o paradeiro do tesouro, e resultou.
A cruzada continuou durante um ano, com a Juju e o seu Bando sempre às voltas, para despistar os outros, mas nunca conseguindo, até que desistiram e foram a Vegas, descansar um pouco...




Continua...

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