terça-feira, 4 de maio de 2010

Cá-a a Boca 33 - O Mistério da Juju


Serafim é médico-sineiro, Filipa é a Presidente da Aldeia, Rita trabalha no talho e a Mariana é detective.

O ano é 1946, Aldeia das 5 Barreiras, Portugal.
Edgar Gregório, homem gordo, tipo baleia, com a mania de fotografias, dá a missa aos domingos, como hobby ( não que seja religioso, apenas gosta de falar, e como tem uma voz fininha, credibilidade é coisa que não têm, e quando abre a boca, embora saiam coisas acertadas, é gozado por todos. Por isso tornou-se padre, para obrigar as pessoas a ouvi-lo. “Quem se rir da minha rica voz enquanto eu der a missa, será, EXCOMUNGADO E EXPULSO DA MINHA IGREJA!”, dizia Gregório, antes das missas, e ninguém chegava ao final, à excepção do próprio padre ).
A sua vida aparentava ser prefeita. Tinha tudo. Mansão, dinheiro, carro, poder ( de excomungar e expulsar pessoas ), até tinha uma amante. Mas tudo mudou quando o corpo da Juju foi encontrado em sua casa, na despensa, todo enrolado em papel higiénico, mumificado. Claro que assim que a P.I.D.E ( Polícia Irracional de Distribuição de Estalos ) entrou pela a casa a dentro, fez o que qualquer um faria perante tal situação, deu de frosques.
Para resolver o caso, a Presidente da Aldeia, chamou a melhor das melhores, a Mariana Meioreles.
Ela chegou à aldeia, toda galante, bem vestida e bem lavada, para mostrar que era boa. Claro que como estava na terrinha, onde não havia estradas alcatroadas, apenas terra e pó, ficou toda suja.
Assim que chegou à aldeia, foi chamada aos gritos pela Presidente.
Gabinete da Presidente Filipa Oscilação
- Eu chamei-a aqui porque a situação é grave – diz Filipa muito séria e chateada.
- Hum... – diz Mariana.
- Resolva a situação imediatamente!
- Hum... – outra vez.
- O que vai fazer?
- Hum...vou investigar, com certeza – diz Mariana muito sábia, fumando do seu cachimbo – chamou-me aqui para trabalhar, não para descansar.
- Nem parece portuguesa mas enfim, ainda bem. Tem autorização para investigar toda a gente, pelo menos os que aqui estão, e pode vasculhar todas as casas. E claro, se precisar de ajuda, não vale a pena pedir.
- Hum...
- Estava a brincar...pode pedir ajuda – diz Filipa brincalhona, mas prestável.
- Ah...o que quer dizer com, “ pelo menos os que ainda aqui estão”?
- Ah, isso, houve muita gente que fugiu da aldeia.
- Porquê?
- Em busca de novas oportunidades talvez.

Mansão do Gregório...
- Woow, espétaculo – diz Mariana de boca aberta, entrando pela casa a dentro – para ele ter fugido só pode ser culpado, que luxo – termina.
Começou então a questionar a empregada da casa.
- Como consegue manter a casa tão limpa? – pergunta Mariana.
- Não conte ao patrão, mas eu só finjo que limpo – diz a empregada.
- Como assim?
- Só limpo de mês em mês, e enquanto não limpo, atiro a sujidade para debaixo dos tapetes, sofás, móveis, e como o patrão é gordo, não consegue baixar-se para ver se está sujo ou não.
- Bom, concentremos-nos no caso, haveria motivo da parte do seu patrão, o Sr.Padre, para matar a Juju?
- Não...- nega a empregada – é impossível, o patrão é uma pessoa muito honesta e purificada, e eu sou das poucas pessoas que fica na missa quase até ao fim.
- Tem a certeza de que ele não era capaz?
- Sim, com toda a fé, aqui entre nós, eu acho que ele foi incriminado.
- Hum...
- Dois...
- E como é que um padre tem dinheiro para um casarão deste tamanho? – questiona Mariana, olhando em redor.
A empregada engasga-se:
- Eu não sei, sou só empregada – diz atrapalhada – se calhar...é das fotografias que ele tira.
- O Gregório tira fotografias?
- Ó sim, e não são poucas, é a tudo o que vê e não vê.
“Se calhar temos motivo, ele matou a Juju para lhe tirar fotografias, e para por depois num filme de terror” reflecte Mariana, “ não...isso é estúpido, mas então porque é que ele fugiu? E porque é que ela foi assassinada? Esta mansão tem piscina? Perguntas, perguntas...perguntas sem respostas...”
- Bom, o interrogatório acabou...
- Fui útil?
- Foi sim senhora, agora, deixe a chave da casa comigo, pois vou passar aqui a noite, para ver se descubro mais alguma coisa.
- Hum...estou para aqui a pensar, eu acho é que a senhora quer nadar na piscina.
- Apanhou-me – diz Mariana embaraçada – mas não conte a ninguém...
O3:30, Piscina da Mansão
- Está-se mesmo bem aqui...ai como precisava deste banhinho – diz saindo da piscina – e agora...descansar um pouco.
Senta-se à borda da piscina, relaxada, com cachimbo na boca e caipirinha na mão. De repente, ouve uns ruídos estranhos, e deixa cair o cachimbo na piscina.
- QUEM ESTÁ AI??? – grita, puxando da pistola – APRESENTA-TE!!
Ninguém aparece e os barulhos continuam, e ela decide perseguir os mesmos, em busca da resposta. A casa, gigante e grandiosa, é um vasto labirinto, e depois de muitas voltas, chega à cozinha, de onde vinham os ruídos, e vê um vulto, à frente do frigorífico. Liga a luz e diz:
- Pela sua estrutura, só pode ser o Gregório.
Edgar vira-se, com montes de comida nos braços, avança em direcção à Mariana, destruíndo o chão que pisava:
- O que quer dizer com “pela sua estrutura”? Está a chamar-me gordo? ESTÁ A CHAMAR-ME GORDO? EU NÃO SOU GORDO – termina gritando, numa tentativa de intimidar.
Um breve silêncio, até que a Mariana se desmancha a rir:
- AHAHAH, a sua voz, é tão fina...
Uma lágrima vem ao canto do olho do Gregório:
- Por favor, não gozes comigo, eu sou muito sensível, por favor... – diz quase a chorar.
- Peço muita desculpa, não foi por mal.
- Bom... – diz Gregório recompondo-se – eu perdoo-te, sou padre – diz erguendo os braços – e eu, pela graça divina do nosso Senhor, e do seu filho, Jesus Cristo, e na unidade do espírito...espera aí, quem és tu?
- Sou a Mariana Meioreles, sou detective, e vim investigar o caso da Juju.
- Faz bem – diz Gregório, agora sentado à mesa da cozinha, de boca cheia.
- Hum...está muito relaxado...
- Porque haveria de não estar? Estou a comer...ahhaha.
- Hum...sabe que você é o principal suspeito?
- O QUÊ? – diz atirando a comida para o chão, que desperdício... – EU NUNCA FIZ MAL NENHUM AQUELA COISA, EU NÃO A MATEI!
- Ah, mas no entanto identifica a Juju como coisa, e como explica o facto do corpo da Juju ter sido encontrado na sua despensa?
- ISSO NÃO SIGNIFICA QUE A MATEI! Olhe, eu, tal como 99% da aldeia, odeio a Juju, mas eu sou dos poucos que a respeita, que a cumprimenta, que não a discrimina. E não faço a mínima ideia de como ela veio aqui parar.
- Então explique-me, ilumine-me, porque é que fugiu?
- Isso já não sei se lhe conto...
- Então vai de cana.
- Espere, jure que não conta a ninguém...
- EU JURO! Palavra de ex-escuteira.
- Bom...eu sou comunista...sou mais que isso, trabalho para o KGB...trabalho para espiões, que me pagam bem, o que me faz ter esta Mansão gigante e montes de papeli.
- Pois...o senhor está preso, vamos!
- O QUÊ? VOCÊ JUROU!!
- Ahahah, estou a brincar.
- Pregou-me um susto.
- Era brincadeira, mas aqui entre nós, eu também sou comunista, e do coração...
- Que coincidência...
- É verdade...
- Então e...há mais algum suspeito? – pergunta Gregório.
- Não, você era o único.
- Eu acho que anda atrás da pessoa errada, existe uma...a que vaguea nas ruas, no escuro, uma que anda disfarçada, e é essa a culpada...
- Mas quem é ela?
- E se eu lhe dissesse que o que parece não é...
- QUEM É A CULPADA?? – pergunta Mariana raivosa e curiosa.
- A culpada, é nada mais, nada menos que ...
Gregório cai morto no chão, levou um tiro. Mariana olha em volta, vê algo, mas fica calada, e quem cala consente...

Talho da Rita, 10:20
- Olá – diz Mariana, entrando a galope pelo talho a dentro, de cachimbo na boca, acompanhada pela Filipa Oscilação.
- Olá, espere um pouco, já vão ser atendidas – diz Rita nervosa.
- Porque está nervosa? – pergunta Mariana, confiante de que apanhou a assassina.
- Sabe, não sou eu que costumo atender as pessoas, é o meu empregado. Ó COISO, VEM CÁ!
- É verdade, é raro ela atender alguém – diz Filipa ao ouvido da Mariana.
- O coiso escusa de vir, não queremos carne.
- Ai não? Eu não vendo mais nada.
- Viemos falar consigo – diz Filipa.
- O que se passa? – pergunta Rita Assustada.
- Está ciente da situação?
- Qual situação?
- A Juju faleceu...
- Ah isso, foi tão bom, digo, uma coisa horrível...
- Bingo – diz Filipa.
- Jackpot – diz Mariana – bom, vá mudar de roupa, e apareça no gabinete da Presidente o mais rápido possível. Sra. Presidente, vá já andando, eu vou examinar o Talho.
Gabinete da Presidente Filipa Oscilação, 13:30
- Olá – diz Rita, abrindo a porta do gabinete.
- Entre, entre – diz Filipa de boca cheia – é servida?
- Não obrigada, já almoçei – diz Rita fechando a porta.
- Pois, por isso é que se atrasou não é? – pergunta Filipa.
- Sim, podemos dizer que sim – diz Rita.
- Deixe lá, a detective também está atrasada...onde é que ela estará...
- CHEGUEI! – diz Mariana investindo pelo gabinete a dentro – peço muita desculpa pela demora, tive a investigar umas coisas...
- Então...e para que me quer? – pergunta Rita.
- Para informar que descobri quem matou a Juju, tive a examinar o corpo dela, na morgue, com a ajuda do Sr. Serafim, o médico-sineiro, e fiz umas descobertas interessantes...e também fui à sua casa dona Rita, sente-se.
- Diga-nos então... – diz a Sra.Presidente – descobriu o assassino ou assassina?
- Hum...


Morgue da Aldeia, Capela da Santa Assunção, uma hora antes...
- Está alguém em casa? – pergunta Mariana.
- Está sim – responde Serafim, que aparece de repente – o que deseja?
- Quero ver o corpo da Juju. Sou detective.
- Hum...a tal Mariana...siga-me – diz Serafim.
Chegam à sala onde estava o corpo da dita cuja. Cheirava mal, estavam perante um cadáver:
- Já examinou o corpo? – pergunta Mariana.
- Sim... – diz Serafim aldrabão.
Mariana olhou para ele muito séria...
- Não, não tive tempo.
- Nem sequer olhou para ele pois não?
- Não... – diz baixando a cabeça.
- Vamos examina-la seu preguiçoso?
- Se tem de ser – diz bufando.
30 minutos depois...
- Se eu não voltar com ela às 13:50, desaparece daqui, vai para o estrangeiro. Antes de esperares-me no lugar combinado, queima o corpo da Juju, entendido? – diz Mariana agitada.
- Sim, mas têm a certeza?
- Tenho! Só pode ser isto!

Gabinete da Presidente Filipa Oscilação
- Então? Quem é? Diga algo mulher! – diz Rita e Filipa, ambas ansiosas.
- Bom...depois de examinar a casa e o talho, descobri muitas provas incriminatórias. Uma carta da Juju a pedir carne de graça, o que é um abuso, um diário assinado por Rita Não Marques a dizer que odiava a Juju e que a matou.
- O quê? Está a dizer que eu a matei?
- Sim, todas as provas apontam para si, inclusive, o facto da arma do crime ter sido encontrada em sua casa, a enxada que assassinou a Juju!!
- Impossível, não tenho tal coisa!
- Pois, deixe as explicações para o Juiz, está presa – diz Mariana pondo algemas na Rita.
- EU NÃO A MATEI – grita Rita.
- Pois eu acho que foi você. Sra. Presidente, vou levar esta patife para a prisão de Camarate.
- Faz muito bem, ela é criminosa, deve ser detida – diz Filipa, depois virando-se para Rita – devia ter vergonha na cara!
- NÃO FUI EU! FUI INCRIMINADA!
- Adios Presidenta ahaha – diz Mariana brincalhona.
- Aahahah – ri-se Filipa.
Saem do gabinete. No meio da praça da aldeia, a Rita, ainda aos gritos, é interrompida pela Mariana:
- Cala-te mulher! Eu sei que não foste tu, agora, vou-te soltar e tu vais ter com o Serafim à fonte dos Sem Abrigo, no alto da montanha, e ele contar-te-á tudo, a Aldeia já não é segura.
- Sim... – diz Rita confusa.
- Então vai, finge que me dás um soco e foge...
Rita dá um soco à Mariana e foge. Mariana no chão diz:
- Era para fingires...
De volta ao gabinete, Mariana entra e diz:
- Sra. Presidente...
- Mariana? A Criminosa? – pergunta Filipa, achando estranha a situação.
- E se eu lhe conta-se uma história?
- O quê?
- Era uma vez um rei...
- Não estou a perceber...
- Agora conta tu que eu já contei ahahah...
- O que se está a passar?
Mariana senta-se numa poltrona que estava lá no gabinete, e saca do cachimbo novo, porque o outro caiu na piscina:
- Nada de especial, só descobri algo muito engraçado.
- O quê?
- A Juju não morreu...
- O quê?
- Encontrei-a, numa garagem...
- Em que garagem, onde? – pergunta Filipa, largando uma gota de suor a cheirar a caril.
- Em sua casa.
Momento de silêncio. Um grande choque.
- O quê? – pergunta Filipa insultada.
- Não te faças de tola Filipa, eu sei de tudo!
- Ai sim?
- Sim. Sei que simulas-te a morte da Juju!
- A sério? - pergunta Filipa arrogante...
- Sim. Raptas-te-a, colocas-te-a na tua garagem. Podias era ter escondido melhor a Juju, mas és um bocado totó. Agora....porque é que simulas-te a morte da Juju?
- Bom, a Juju morreu porque estava viva.
- Ela não morreu.
- Pois não, mas achei por bem dizer tal coisa. Sabes, desiludis-te-me...
- Eu sei...
- Sabes?
- Sim, eu sei que trabalho para ti, por isso é que estás desiludida.
- Ah, vasculhas-te-me a secretária.
- Sim...devias mesmo ter mais cuidado ao guardares as coisas. Tu disses-te que podia vasculhar todas as casas. Foi o que eu fiz, e entrei na tua.
- Pois...eu estava brincar...
- Agora é tarde de mais, e descobri, eu sou descobridora, que me encontras-te em Camarate, onde eu era uma célebre vagabunda, que hipnotizas-te para fingir que era detective...
- E sabes ler...isso foi um erro que introduzi na hipnotização...
- Ah...outra coisa...a Juju está livre!
- O QUÊ? – diz Filipa super irritada.
- Sim, tirei-a das correntes coitada. Só ainda não percebi uma coisa. Porque raptas-te a Juju e fingis-te a sua morte. O Trabalhão que tives-te para criar um corpo exactament igual ao dela...o trabalhão que tives-te para me ires buscar a Camarate...a despesa...porquê?
- Bom, Senhora Sabe tudo, sabe mais alguma coisa?
- Sim...
- Então já me contas, ou não, seja como for, agora é a minha vez. Vou-te explicar tudinho, e depois vou matar-te.
- Brincalhona...
- Desde que a Juju chegou, metade dos habitantes fugiram. Queixavam-se do seu cheiro, da sua figura. E fugiram na altura de pagar imposto. E eu preciso do imposto, money, estás a ver? Por isso, pensei, visto que não posso expulsar ninguém da aldeia sem o consentimento do Sr. Oliveira Salazar, nosso presidente do conselho de ministros, raptei a Juju e simulei a sua morte. Com essa notícia as pessoas voltariam e eu receberia imposto.
- Hum...e porque é que não a matas-te?
- Porque na altura de receber o imposto, eles pagavam e eu traria-a de volta dos mortos, para pagar-me o imposto.
- Rídiculo...
- Rídiculo, dizes tu, no entanto resulta.
- Tu és louca!
- Não, gosto de dinheiro. Gosto de ser rica, para poder comprar as minhas coisinhas. E mais, a Juju, possui um enorme tesouro, mais velho que o cagar...e eu quero que ela me revele o escondirijo, nem que a faça comer o próprio cagalhão!
- Hum... – Mariana reflectiu durante um momento, e tentou imaginar tal acontecimento, riu-se um bocadinho mas compô-se logo de seguida.
- Para o meu plano resultar, precisava de culpar alguém. E quem melhor que o padre desta paróquia? Fui então buscar-te a Camarate, porque precisava de alguém de fora, alguém que eu controla-se e manipula-se. E voilá! Executei o meu plano! Só que algo tinha que correr mal, e o que correu mal foi o facto de seres comuna do coração, e não te limitares a prendê-lo, como te ordenei. Nessa altura apercebi-me de que já estavas a sair da hipnotização. Tentei hipnotizar-te uma vez mais, reforçar o meu poder sobre ti, e fui até a mansão do Gregório, onde tu estavas na boa vida, mas já era tarde de mais. Já estavas na palheta com ele. E tive que o assassinar, porque ele sabia que era eu.
- Mas...
- Não me interrompas...depois, usei o plano B, o plano Rita. Culpar a mulher do talho, sou mesmo uma génio. Mas claro, outro senão. Esqueci-me que não era ela que cortava a carne, e que até tem nojo de tal coisa. Mas mesmo assim, avancei, e pus lá as provas incriminatórias, o diário, a carta é verdade, a enxada e até pus lá a pistola que matou o Gregório, mas tu és cegueta e não viste.
- Mas espera aí, eu vi quem matou o Gregório, e esse quem, esse alguém, não eras tu...só se...ó meu deus, tu és a...
A Mariana cai morta no chão...assassinada pela Filipa.
- Sou...



Fonte dos Sem Abrigo...
Serafim está ao lado de 4 mulas, à beira da fonte. A Rita chega, toda estafada e cansada:
- Rita.
- Serafim.
- Então, a Mariana? – pergunta o Serafim
- Não sei, ficou para trás.
- Então é para irmos, Deus a tenha em descanso...Juju, podes aparecer.
E Juju Sahêmé aparece, toda esmurrada e ensanguentada, de volta dos mortos, e, vitória, vitória, acabou-se a história...

Mas continua...claro...

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