
França, Paris, 1789
Palácio de Versalhes
- O Estado sou Eu - diz Duarte, orgulhoso e com a coroa posta na cabeça - o Rei toca-te, Deus cura-te ...
- Essa coroa pertence-me - diz Juju, arrogante.
- Desculpai-me vossa Majestade, estava ver como ficava em minha comum cabeça e claro está, fica mal, pois só deve ser colocada na cabeça da Sagrada Rainha, que sois vós - diz Duarte embaraçado e ajoelhando-se.
- Sois audaz, safas-te-vos com essa, bem metida, agora a coroa - diz Juju.
- Tomai.
- E o que temos para hoje?
- 7 Enforcamentos, o Casamento da minha tia, o baptizado de ...
- Correcção, o que eu tenho para hoje?
-Ah, é o dia do Real Banho.
- Já precisa, estou com um cheirinho...
- Divinal, devo dizer..
- Eu ia dizer desagradável, mas divinal é melhor, muito bem Don Duarte, estais inspirado hoje. Chamai a Aia Mariana para me preparar o banho.
- Com certeza vossa alteza...
Duarte sai da sala. Pouco depois entra Mariana.
- Lavai-me Mariana.
- Com certeza, vossa Majestade, é meu prazer - diz Mariana, sorrindo falsamente.
- Eu sei, eu sei...
A Juju está na banheira. A Mariana tem um plano a cumprir. Olha para a Juju e a Juju olha para ela. A Mariana agarra na cabeça da Juju com uma força tremenda e põe-a debaixo de água...sim, quer afoga-la.
Duarte estava a passar e vê Mariana a tentar afogar a Juju. Vai a correr, dá-lhe um encontrão e chama a guarda:
-Prendei-a! Tentou assassinar a Sagrada Majestade! - diz apontando o dedo á Mariana, os guardas agarram-na e ele avança na sua direcção - Tentas-te assassinar a Rainha Juju, tens duas Hipóteses, ou vais para o Moulin Rouge, ou vais para o FOGO!
Mariana cospe-lhe na cara.
- Muito bem, levem-na para a Bastilha, vai ser queimada amanhã de madrugada á frente de Notre Dame - vira-se para a Juju - estais bem vossa Alteza?
- Sim, graças a ti...- diz Juju.
Praça á frente da Catedral de Notre Dame, 1789, 13 de Julho
- A Comuna Mariana foi declarada culpada pelo crime de traição! - diz Duarte com um archote na mão, á frente de milhares de pessoas, Mariana está amarrada a um poste em cima de madeira preparada para arder - A Sentença...Morte! - vira-se para Mariana - É agora comuna, estás a beira do abismo, mas eu posso salvar-te, deste mundo e do outro, escolhe, Moulin Rouge ou o Fogo!
- LIBERDADE!!! - Grita Mariana.
- A Comuna Mariana recusa arrepender-se, esta traidora perversa pôs a alma da sagrada rainha em perigo mortal,e, por esse crime, deverá ser punida e arder no Inferno a que pertence! - depois vira-se para a Mariana outra vez - vais com o quality, Mariana.
Duarte baixa o archote e queima a madeira que estava por baixo da Mariana. O povo fica a olhar espantado e de repente:
- NÃOOOOOOOO! - Grita Ivan.
Ivan estava no topo da Catedral, agarra uma corda e vem por ali a baixo tipo Tarzan. Para ao lado da Mariana, liberta-a dá um soco ao Duarte, agarra a corda e volta para a Catedral. Depois lá em cima grita:
- LIBERDADE...LIBERDADE...LIBERDAAADEEEE!!
Duarte, cheio de raiva diz:
-Capitão, Tomem a Catedral!
-Só com ordem da sua majestade - diz um soldado.
- Foi a Majestade que o disse!
- Como?
-Por Telepatia, ATAQUEM A CATEDRAL!!!
Montes de soldados dirigem-se para a catedral, incluindo o Duarte que diz: - ARROMBEM A PORTA!
O povo estava aborrecido com aquela situação e de repente:
- CIDADÃOS DE PARIS! - Grita Serafim com a espada na mão - O ESTADO PERSEGUIU A NOSSA POPULAÇÃO, SAQUEOU A NOSSA CIDADE, E AGORA DECLAROU GUERRA... Á PRÓPRIA NOTRE DAME...VAMOS DEIXA-LO?
- NÃOOO! - Respondeu a multidão que atacou ferozmente os soldados, começou assim a Revolução.
Duarte entra dentro da Catedral e sobe as escadas em busca do Ivan e da Mariana. Chega ao Campanário, e entra numa grande sala, sem janelas, a porta fecha-se.
- Apareçam COVARDES! Enfrentem-me! - grita Duarte furioso
- Sois tão burro, vós cais-te na nossa armadilha. - diz Filipa sorrindo.
- O quê?
- Eu sempre soube que quem tentasse matar a Juju...
- Rainha Juju... - diz Duarte.
- ...quem tentasse matar a Juju, seria condenado á fogueira, e que vós irias perseguir essa pessoa até morrer. Agora estás encurralado e nada podes fazer.
- Porque é que me encurralaram?
- Ainda não percebestes pois não? Vamos abater a Juju, a Monarquia vai cair, e contigo aqui preso podemos fazer a nossa revolução á vontade.
- Se achais que vou deixar esta Monarquia com quase um milénio de história, cair sem dar luta estais muito enganada.
Ambos hesitam, e olham nos olhos de cada um fixamente.
- Porque é que te uniste a Juju Duarte? Eramos amigos, irmãos, inimigos da Juju. - questiona Filipa.
- Eu devo-lhe vassalagem, tal como tu, ela é Rainha, merece o meu respeito e lealdade.
- Volta Duarte, liberta-te desse estado corrupto.
- Ah ah ah, eu estou a ver o que queres fazer, mas não vai resultar, eu gosto de Poder, e vou servir a Juju, até á minha morte!
-É pena... - diz Filipa que sai da sala e deixa o Duarte ali encurralado.
Bastilha, 14 de Julho de 1789
-Finalmente, vamos buscar a Rita, estava a farto de usar o colete desabotoado. - diz Ivan.
- Cidadãos de Paris! - diz Bruno - vamos acabar com o Absolutismo, de uma vez, por todas!!
- Ao Ataque! - berra Serafim!
- Avante Camaradas! - diz Mariana
Uma imensa multidão invade a Bastilha.
Palácio de Versalhes, 15 de Julho de 1789
A Revolução está no Auge, por todo o lado, as pessoas querem matar a Juju.
Filipa entra com uma grande espada pelo palácio a dentro, em busca da Juju, atrás dela vai o Bruno, o Serafim, Ivan, Rita e Mariana.
- ABDICA JUJU! - Grita o Ivan.
- Ninguém te quer! - diz a Mariana.
- Nunca vou abdicar - diz Juju correndo pelas portas a dentro do palácio.
Pessoas estão a assaltar o palácio, vidros são partidos, portas arrombadas. Pandemónio geral!
- Juju abdica, ou morre! - diz Filipa irritada.
- Pensava que eras a favor dos direitos Humanos - diz Juju.
- Hoje não, e aliás tu não mereces.
- O Povo não te quer, desiste - diz o Bruno.
A Juju encosta-se ao canto da última sala, não tem sitio para onde ir.
De repente a parede arrebenta. É o Duarte com um canhão e a sua guarda.
- Pensavas que me encerravas em Notre Dame? - diz arrogante - tola.
- Engarde - diz Serafim
- Guardas, marche! - diz Duarte.
Começa uma luta entre os soldados e os amigos, Duarte agarra na Juju e leva-a para a o Buraco que ele fez na parede, estão a tentar fugir, de repente a Filipa atira uma espada para as costas da Juju e ela falece.
- ASSASSINA! - Grita o Duarte, que furioso, agarra num archote e põe as cortinas a arder, mais tarde, o palácio começa arder.
Todos fogem menos o Duarte e a Filipa.
- Está na altura de acabar com isto de uma vez por todas. - diz Filipa.
Começam a lutar e de repente:
- A Traidora Filipa foi declarada culpada e a sentença...Morte! - diz Duarte rindo e empurrando a Filipa, ela cai para o chão, ele ergue a espada e diz - E Ele, destruirá o Demónio, trespassando-o com a sua terrível espada!
Pum, o Duarte levou com um tiro na cabeça, cai e morre, o Ivan matou-o. Ivan agarra na mão da Filipa e fogem do palácio, que arde imensamente, chegam lá fora.
- Olha o Fogo a dançar - diz Mariana
- Aurevoir...Juju! - diz Ivan satisfeito.
The Fim
Por Duarte M. G. Henriques